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As pessoas enquanto filhos, crias, produtos, transformações e sensações de uma cidade em constante devir, em expansão e especulações que não pensam no ser urbano e no seu direito a cidade. Nos filmes brasileiros presentes na mostra “Ser urbano: filhos da cidade”, são representados as mais diversas pessoas e espaços enquanto espelho que reflete as imagens da cidade.

LONGAS
Estamira (Marcos Prado, Brasil, 2004, 115 min)
Trabalhando há cerca de duas décadas em um aterro sanitário, situado em Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro, Estamira Gomes de Sousa é uma mulher de 63 anos, que sofre de distúrbios mentais. O local recebe mais de oito mil toneladas de lixo da cidade do Rio de Janeiro, diariamente, e é também sua moradia. Com seu discurso filosófico e poético, em meio a frases, muitas vezes, sem sentido, Estamira analisa questões de interesse global fala também com uma lucidez impressionante e permite que o espectador possa repensar a loucura de cada um, inclusive a dela, moradora e sobrevivente de um lixão.

Edifício Master (Eduardo Coutinho, Brasil, 2002, 110 min)
O cotidiano dos moradores do Edifício Master, situado em Copacabana, a um quarteirão da praia. O prédio tem 12 andares e 23 apartamentos por andar. Ao todo são 276 conjugados, onde moram cerca de 500 pessoas. Eduardo Coutinho e sua equipe entrevistaram 37 moradores e conseguiram extrair histórias íntimas e reveladoras de suas vidas.

Cidade de Deus (Fernando Meirelles e Katia Lung, Brasil, 2002, 130 min)
Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um jovem pobre, negro e muito sensível, que cresce em um universo de muita violência. Buscapé vive na Cidade de Deus, favela carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos da cidade. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba sendo salvo de seu destino por causa de seu talento como fotógrafo, o qual permite que siga carreira na profissão. É através de seu olhar atrás da câmera que Buscapé analisa o dia-a-dia da favela onde vive, onde a violência aparenta ser infinita.

Mataram Meu Irmão (Cristiano Burlan, Brasil, 2013, 77 min)
Doze anos atrás, Rafael Burlan, o irmão do diretor Cristiano Burlan, foi assassinado com sete tiros. O cineasta decide relembrar os fatos, investigando o envolvimento do irmão com as drogas e compondo um retrato da violência que domina os bairros do subúrbio de São Paulo.

O Som ao Redor (Kleber Mendonça Filho, Brasil, 2013, 131 min)
A vida numa rua de classe-média na zona sul do Recife toma um rumo inesperado após a chegada de uma milícia que oferece a paz de espírito da segurança particular. A presença desses homens traz tranqulidade para alguns, e tensão para outros, numa comunidade que parece temer muita coisa. Enquanto isso, Bia, casada e mãe de duas crianças, precisa achar uma maneira de lidar com os latidos constantes do cão de seu vizinho. Uma crônica brasileira, uma reflexão sobre história, violência e barulho.

Cronicamente Inviável (Sérgio Bianchi, Brasil, 2000, 201 min)
O filme mostra trechos das histórias de 6 personagens, mostrando a dificuldade de sobrevivência mental e física em meio ao caos da sociedade brasileira, que atinge a todos independentemente da posição social ou da postura assumida.

Cidade Cinza (Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo, Brasil, 2013, 80 min)
Em 2008 a prefeitura de São Paulo resolveu iniciar uma política de limpeza urbana, na qual os muros da cidade seriam pintados com a cor cinza de forma a apagar as intervenções neles realizadas. Artistas como OsGemeos, Nunca e Nina, que tiveram importantes obras destruídas pela iniciativa, se juntam para repintar um muro de 700 metros.

CURTAS
Recife Frio (Kleber Mendonça Filho, Brasil, 2009, 24 min)
A cidade brasileira de Recife, que já foi tropical, agora é fria, chuvosa e triste, depois de passar por uma desconhecida mudança climática.

Praça Walt Disney (Renata Pinheiro e Sergio Oliveira, Brasil, 2011, 21 min)
Boa Viagem, Recife PE, 51111-260, Brasil.

À margem dos trilhos (Marcelo Pedroso e Pedro Severien, Brasil, 2014, 8 min)
Uma reflexão sobre o tema da habitação social, a partir do trajeto feito pelo trem do forró que sai das proximidades das torres gêmeas, passa pelo cais José Estelita e cruza a ocupação da Vila Sul.

Sinal Fechado (Isaac Chueke e Alexandre Obraczka, Brasil, 15 min)
Um sinal fechado numa movimentada avenida da cidade do Rio de Janeiro. As artimanhas de vendedores ambulantes que fazem de um pedaço de rua do bairro de Copacabana palco para venda de seus produtos.

Viver a vida (Tata Amaral, Brasil, 1991, 12 min)
O caos e a dura realidade da vida durante a crise do início dos anos 90, aparentes no cotidiano de um office boy de uma grande empresa paulista. Um dia cheio de promessas e obstáculos a serem superados com muito bom humor, como no caso da maioria dos brasileiros.

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